Nascimentos e Óbitos entre 1960 e 1998

Ao analisar o gráfico pude verificar que os nascimentos entre 1960 e 1998 registaram um decréscimo acentuado. Enquanto em 19660 nasceram cerca de 220000 crianças, em 1998 os nascimentos desceram para cerca de metade.
Relativamente aos óbitos esses números tiveram pouca alteração entre 1960 e 1998, registando-se um ligeiro aumento na década de 90. Podemos então concluir que a população portuguesa está agora mais envelhecida que em 1960, porque nascem muitas menos crianças e as pessoas morrem praticamente o mesmo número. Há quatro ou cinco décadas atrás as mulheres tinham mais filhos, talvez porque nessa época elas não estavam integradas no mercado de trabalho como estão hoje em dia, então a vida das mulheres era terem os filhos e cuidarem de toda a família, quem ganhava o dinheiro para o sustento da família era o homem.
Hoje isso já não se verifica, as mulheres estão totalmente integradas no mercado de trabalho em igualdade com os homens, estudam, tiram cursos superiores (em maior número que os homens) e tem os filhos cada vez mais tarde, estas são algumas das razões para a descida do número de nascimentos e consequentemente uma população mais envelhecida.

Mortalidade total e infantil entre 1960 e 1998

Perante os dados apresentados verifica-se que a mortalidade total, desde 1960 e até 1998, se mantêm quase inalterável, enquanto a mortalidade infantil tem vindo a registar uma descida significativa.
Pode-se então deduzir que, seja qual for o motivo por que a mortalidade total se verifica, as pessoas continuam a morrer quase ao mesmo ritmo de1960 mesmo que se tenha melhorado muito em termos de saúde, o que quer dizer que os motivos que levam á não redução da mortalidade total possa estar relacionado com acidentes, talvez com o aumento significativo de doenças cancerosas (detectadas em fase adiantada de evolução), entre outras.
Na mortalidade infantil verifica-se uma descida significativa, o que quer dizer que as crianças de hoje tem mais cuidados médicos, do que tinham as crianças de há quatro ou cinco décadas, e também que esses cuidados podem ser prestados, porque, a medicina melhorou muito e também o sistema de saúde que existe hoje, facilita o tratamento e a cura das crianças. Em 1960 não havia vacinas nem os tratamentos que há hoje em dia e as famílias não tinham dinheiro para pagar os tratamentos que os seus filhos necessitavam. Essas eram as principais razões de tão elevada mortalidade infantil.